domingo, 13 de dezembro de 2009

SALVADOR DALI: SURREALISMO


Pintor espanhol, Salvador Dalí nasceu em Figueras, na Catalunha, a 11 de Maio de 1904 e aí morreu a 20 de Janeiro de 1989. Filho de um prestigiado notário daquela cidade, frequentou a Academia de Belas-Artes de Madrid de 1921 a 1926. Foi aqui, durante a sua estadia na residência de estudantes, que Dalí conheceu e se tornou amigo do poeta Federico García Lorca e do cineasta Luis Buñuel, com os quais viria, mais tarde, a desenvolver alguns projectos. Depois de estudar em Madrid, rumou para Paris onde se instalou e se tornou membro oficial do grupo surrealista. As simpatias de Dalí pelos regimes de extrema-direita terão levado, mais tarde, Breton a exclui-lo do grupo. Datam desta altura algumas das suas obras mais representativas do surrealismo, como, por exemplo, "A Persistência da Memória", "O Jogo Lúgubre" e "Grande Masturbador". Em 1929 conheceu Helena Diakonova, conhecida por Gala Éluard, uma jovem russa que, tendo sido companheira de Paul Éluard, viria a tornar-se na modelo e companheira inseparável de Dalí.
Entre 1928 e 1930, colaborou com Buñuel nos filmes Un Chien Andalou e L'âge d'Or. Os primeiros quadros surrealistas foram expostos em 1929 e sugerem a influência de De Chirico. A mistura do real com o irreal é uma característica que se tornará frequente no seu trabalho. Elaborou um método a que chamava "crítico-paranóico", que implicava o recurso ao inconsciente, na interpretação livre de "associações delirantes". Possuía uma técnica magistral, que colocou ao serviço de uma imaginação transbordante alimentada pela leitura cuidada de Freud. As imagens oníricas e os claros símbolos sexuais não impediram o público de assimilar a sua obra, que obteve um sucesso enorme, sobretudo depois da Segunda Grande Guerra.
Nos Estados Unidos da América, para onde Dalí e Gala viajaram em 1940 e onde permaneceram durante cerca de oito anos, o artista fez, no Museu de Arte Moderna de Nova York, a sua maior exposição. Escreveu ainda A Vida Secreta de Salvador Dalí e trabalhou por diversas vezes para o cinema, teatro, ópera e bailado. Em 1974 inaugurou o Teatro-Museu de Figueras, onde se encontra exposta uma grande parte da sua obra, e, em 1983, criou a Fundação Gala-Salvador Dalí, uma instituição que gere, protege e divulga o seu legado artístico e intelectual.
Morreu em 1989, sete anos depois de Gala, e foi sepultado, como era seu desejo, no Teatro-Museu que o próprio Dalí criou e ao qual deu o seu nome.

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